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27/09/2010

o épico do Beira-Rio

Posto aqui um texto de Lédio Carmona, pois até mesmo os jormalistas do sudeste tiveram que se render ao nosso COLORADO:



O épico do Beira-Rio

Claro que não é um Gre-Nal. Esse é incomparável em termos de rivalidade. Mas a história recente do futebol brasileiro transformou Internacional x Corinthians num clássico da hora. Antagonismo. História. Revanchismo. Ambição. Duelo aberto no sol, na chuva, onde quer que seja. A guerra de nervos nasceu em 2005, aumentou em 2009 e hoje foi turbinada com um jogo espetacular no Beira-Rio e só decidido aos 47 minutos, após cobrança de falta de Andrezinho, que desviou na barreira e matou Julio Cesar. Internacional 3 x 2 Corinthians. O confronto que virou clássico.

Jogo de gigantes. Duelo de rivais. Clássico empolgante disputado por quem não está no campeonato a passeio. O Inter queria vencer seu rival a todo custo. Primeiro, para atrapalhar a vida do Corinthians e arrancá-lo da liderança. E também para voltar forte à briga pelo título. Deu certo. Os colorados tiraram o Corinthians da ponta (o Fluminense está um ponto à frente) e, com um jogo a menos, pularam para o quarto lugar e voltaram a sonhar com o título que não alcançam desde 1979.

Corinthians lamenta a derrota. Pelo menos provisoriamente, até porque também tem um jogo a menos, o time não é mais líder. Mas perder do jeito que caiu o time de Adílson Batista é algo que não gera tanta dor de cabeça. O Corinthians jogou uma guerra na Beira-Rio. Confronto que valeu pontos, honra, história, rivalidade e mais polêmica. E nunca se encolheu. Tomou o primeiro gol de Tinga (personagem forte de 2005), empatou com Jorge Henrique, impecável. Alecsssandro fez 2 a 1 já na reta final de partida e, na pressão, Ney fez pênalti “a La Luizito Suarez”. Mão na bola, como um goleiro. Gol de Bruno Cesar, aos 45 minutos. E, 120 segundos depois, a cobrança de falta de Andrezinho entrou para a história.

Jogo maravilhoso. Se você é colecionador, grave e guarde o DVD. Internacional e Corinthians fizeram um duelo tático, técnico e de paixão. Mostraram que, descontados alguns amadorismo, o Brasileirão é mesmo um campeonato de encher os olhos. A cada rodada, jogos dramáticos e lotados de história. O futebol é uma fábrica de épicos. Hoje, no Beira-Rio, nasceu mais um. Só podemos agradecer.

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